O GRANDE CAIO COPPOLLA

A mídia normalmente pinça, para transmitir em seus veículos de informações, todas as notícias de mortes, acidentes, desgraças de todos os tipos, e, agora, ainda mais, em face da pandemia da covid-19, quando cidadãos morrem em todos os lugares do mundo.

O noticiário, como dizia a minha auxiliar do lar, “é só espremer que sai sangue”. É morte para todos os lados, principalmente agora com a covid-19.

Em face disso, eu me voltei para a leitura de meus autores favoritos e para a publicação do meu site www.espacoamazonico.com.br, para meu deleite espiritual e, em consequência, tenho passado muito tempo lendo ou frente ao computador.

Reservei, no entanto, um tempinho para assistir ao Grande Debate, da CNN, agora fora do ar, no qual avultava a figura brilhante do jovem Bacharel em Direito e Comentarista Político Caio Coppolla.

Caio sempre foi muito seguro em suas argumentações com bastante conteúdo, sem desmerecer os demais debatedores. Caio me fazia lembrar muito os meus tempos de mocidade, quando eram discutidos importantes temas no Centro Estudantil Plácido Serrano, no Curso Colegial, ou nas Semanas Jurídicas, quando eu já cursava a Faculdade de Direito.

Sempre tive a nítida impressão de que, sem o Caio nos debates, a audiência esfriava, tal a sua importância como grande argumentador.

Agora, com a retirada do programa do ar, o fato deve ter causado uma queda brusca na audiência das 21 horas da CNN.

Caio Coppolla, rapaz novo, tem um futuro brilhante pela frente, merecendo aplausos por suas contundentes argumentações, alicerçadas em robustos conhecimentos jurídicos, sociais e políticos.

Continue assim, Caio, certo de que você jamais será esquecido pelo povo brasileiro. O Brasil precisa de pessoas da sua estirpe, que falem a verdade nua e crua, e que lutem por um país melhor, com paz e prosperidade para todos os seus filhos.

REGIONALISMO DEGRADANTE

Branca Amande Cavalcante

Faz alguns anos, ao sair da Igreja de N. S. da Glória, após assistir missa, fiquei contristada e decepcionada com uma cena degradante que presenciei: uma mulher gorda, de aparência desengonçada, dirigiu-se, ao término da missa, ao altar de N. S. Aparecida que fica perto de uma das saídas da Igreja, e recolheu algumas flores que faziam parte de um buquê deixado aos pés da santa e as colocou dentro do soutien. Depois, apanhou o ramo de flores e duas garrafas com água e saiu.

Já na rua, atirou ao chão o ramo de flores com desprezo, fazendo o mesmo com as garrafas, quase atingindo as pessoas que passavam por perto.

Uma senhora, de cabelos bem grisalhos, tocou no ombro da “cidadã” advertindo-a que não devia ter feito aquilo, pois causara admiração a vários frequentadores da Igreja.

Foi o bastante para que a criatura se voltasse como uma fera e dissesse: “não se meta nisso, sua nordestina”. A senhora educadamente respondeu: “não sou nordestina, sou sulista, mas tenho muita admiração pelos nordestinos que são um povo trabalhador, e somente saem de sua região porque são perseguidos pela seca. Olhe, o nordestino tem ajudado a construir São Paulo como tem sido muito útil aqui no Rio de Janeiro, nas diversas profissões que ocupa. Você sim é uma infeliz, cheia de complexos. Ou você é débil mental ou é muito ignorante”.

Daquela cena, passei a tirar minhas conclusões: como existe discriminação no Brasil. Discriminação regional, racial, social, e por aí vai… O problema é que tudo é escondido, não aparece às claras, a não ser quando há uma manifestação como a aqui relatada.

No trânsito, nas filas de bancos, como há insultos de toda a ordem contra velhos, deficientes, nordestinos, pessoas de cor, brancos chamados de lesmas, etc., através de sussurros e risadinhas.

O nordestino sai do seu nordeste querido não por vontade própria, mas por força das circunstâncias, em busca de emprego e de uma vida melhor. É acossado   pela seca.

Já melhor sorte tem o homem do norte, que tem a riqueza da Amazônia para suprir suas necessidades mínimas, e dificilmente emigra. O Brasil é de todos. Não interessa se a pessoa é do norte, nordeste, sul, sudeste ou centro-oeste. O importante é que seja um bom brasileiro e queira ajudar no progresso do país.

A realidade, porém, é que no Brasil   existe uma gritante discriminação camuflada. Somente através da   educação essa distorção poderá ser corrigida, tirando o país do retrocesso cultural em que mergulhou.

GUIOMAR DE SOUZA CAVALCANTE

No Dia das Mães, prestei uma homenagem póstuma, em família, à minha querida e inesquecível mãe, Professora Guiomar de Souza Cavalcante.

Que mulher batalhadora, de uma grandeza espiritual fora do comum. Mãe de seis filhos. Dedicada ao lar e ao magistério.

Além de mãe maravilhosa, era uma professora normalista muito admirada em minha cidade natal, Manaus. Minhas quatro irmãs seguiram a mesma profissão: dedicaram-se ao magistério, na qualidade de professoras normalistas; os filhos:  um se formou em Administração e o outro em Direito. Todos muito vinculados às atividades que escolheram.

Para mim, a lembrança do passado distante, quando eu era menino, ainda é muito forte. Recordo de minha mãe, no Colégio perto de nossa casa, com sua voz tonitruante (que herdei), dando aulas aos alunos da quinta série (daquele tempo) e me preparando para o chamado exame de admissão.

Minha mãe, era a brandura em pessoa. Já meu pai, militar do Exército, nem tanto.

O importante de tudo isso, é que a nossa vida sempre foi repleta de grandeza espiritual, de reto comportamento e de firmeza de caráter, características dos meus pais.

Sei, querida mãe, que você está em bom lugar.

O certo é que iremos nos encontrar, sabe Deus quando, para matarmos a saudade dos tempos que se foram.

A VOZ DO SUBCONSCIENTE

Branca Amande Cavalcante

Branca, nasceste no dia de hoje: 17/12! Parabéns! Parabéns, Branca, muitas vezes parabéns!

Olha o teu rosto no espelho e fala com o teu subconsciente, refletindo a tua família: o teu pai – um árabe de boa cepa; tua mãe – que fibra! teus irmãos – que luta! Enfim, uma família que viveu e vive   com decência e dignidade.

Foste a primeira mulher a ingressar na Magistratura no Amazonas. Quanto sofrimento no interior do Estado, sem condições de lazer, desprovido completamente de recursos materiais que dessem um pouco de conforto, rodeada de pessoas nas quais não podias confiar, salvo algumas honrosas exceções. E lutaste, numa batalha desigual e quase desumana.

É o teu subconsciente quem te fala: continua em frente do espelho. A tua trajetória foi laboriosa, cheia de encontros e desencontros; percalços não te faltaram. Quanto cascalho jogado   na tua praia… Tu a limpaste e a areia ficou alva como o teu nome.  Quantas pedras! Removeste-as todas! No teu subconsciente ficaram a solidariedade, o amor, a compreensão! Venceste   os ódios, as mágoas, os rancores, a inveja de muitas pessoas. Hoje, dia do teu aniversário, a natureza está radiante, o sol está com intenso brilho, e, à noite, por certo, as estrelas piscarão no céu, num show prateado, dançando em cores múltiplas, tudo em tua homenagem.

Vê as árvores, verdejantes, belas e maravilhosas, e as bonitas flores do jardim do condomínio, e o cantar mavioso dos pássaros, num balé retumbante, te saudando!

Há uma sintonia perfeita nesta festa que a natureza te preparou. O teu sorriso no espelho reflete a certeza de que amas a vida, que soubeste sobrepujar os obstáculos, e que sempre estiveste aberta para o espetáculo que o destino te reservou.

Se tiveres poucos parabéns   no dia de   hoje, haverá em ti luz e rútilo brilho, para que possas espargir sempre alegria àqueles destituídos de egocentrismos e que não fazem da maldade a meta de suas vidas.

Parabéns. Orgulha-te de ti mesma, porque, realmente, acho que mereces esta comemoração interior!    

BANCO DE LEITOS HOSPITALARES*

A bem elaborada revista do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro publicou, faz alguns anos, uma interessante entrevista com o Sr. Aroldo de Mendonça, criador do Banco de Leitos Hospitalares Francisca Mendonça, cuja finalidade é emprestar leitos a pessoas necessitadas, sem nenhum retorno financeiro.

Falando sobre essa edificante atividade, declarou o Sr. Aroldo de Mendonça, companheiro rotariano: “As boas ações elevam o espírito e o predispõem a praticar outras”.

Em verdade, as ações nobres engrandecem as pessoas que as praticam, e mostram a importância das mesmas em favor da comunidade. O trabalho do rotariano Aroldo de Mendonça é desses que qualificam o ser humano, hoje mais voltado para dentro de si do que para ajudar o seu semelhante.

 A ideia da fundação do Banco de Leitos Hospitalares surgiu quando Aroldo de Mendonça visitava sua genitora internada na Casa de Repouso Santa Maria, na Praça Seca, e ali verificou a existência de uma enorme quantidade de camas, cadeiras e carrinhos de comida quebrados. Levou-os para sua oficina, consertou-os e os entregou de volta à Casa de Repouso. O Diretor da entidade, além de manifestar os seus agradecimentos, levou-o ao 3º andar da instituição, onde havia uma grande quantidade de camas quebradas.   Aroldo propôs então um acordo: ele levaria as camas para consertá-las e devolveria a metade delas, completamente renovadas. O pacto foi realizado, e os resultados surgiram a ponto de ser criado o Banco de Leitos Hospitalares, que leva o nome da genitora do seu instituidor.

O Banco atende a todo o Estado do Rio de Janeiro, há anos e, como acentuou o seu criador, jamais deixou de atender a qualquer pessoa necessitada.

Exemplos assim devem ser sempre divulgados para servirem de inspiração a outras pessoas de boa vontade que desejarem proporcionar benefícios à coletividade menos favorecida pela sorte.

O trabalho social, sem dúvida alguma, dá muita alegria a quem o pratica. Esta é a manifestação de Aroldo de Mendonça: “Fico satisfeito e feliz em ser útil a alguém, poder fazer o bem, ajudar. Eu me sinto realizado em poder fazer esse trabalho”.

A verdade é que Aroldo de Mendonça é um rotariano que faz acontecer.  

*Artigo escrito faz alguns anos.